Texto de Jelena Novak sobre ‘Itinerário do Sal’, de Miguel Azguime. [Ligação]
[Tradução: Helena Romão]
Excerto > Na sua actuação em Itinerário do Sal, Azguime fala, murmura, grita, recita, simula a escrita, percute. Aos sons produzidos no palco o espectáculo inclui ainda intervenções electrónicas invisíveis mas audíveis, produzidas pelo autor / performer, através de sensores colados no seu corpo. A sua “voz natural” é constantemente sobredimensionada por essas intervenções através da utilização de amostras da sua própria voz, processando-as, fazendo loops e sobrepondo os sons processados à actuação ao vivo. O discurso é sobre a ausência do autor, som, silêncio, texto, corpo, alienação, voz. Sendo autor do texto e da música e actor nesta actuação ao vivo, Azguime ocupa nesta ópera uma posição ideal para provocar um questionamento virtuoso das ideias de autoria de música e texto.
Ligação > http://www.mic.pt/critica/jnovak_itinerario_do_sal.html
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