Antecedentes
Idealizações e realizações remotas; pioneiros e precursores; antecedentes estéticos e materiais da poesia experimental. Incluem-se nesta categoria os textos visuais dos séculos XVII e XVIII – Labirintos, Acrósticos, Anagramas e Cronogramas; mas também alguns textos do futurismo e dadaísmo que tendiam para a visualidade.
Eletrografia e copy art
Forma intersígnica baseada na exploração criativa da fotocopiadora, promovendo a problematização da processualidade e performatividade dos agentes, máquina e materiais numa área de síntese entre as artes literárias e visuais que se estende ao campo da tecnologia na sua reflexão sobre inscrição medial, apropriação e reprodução.
Ficção experimental
Forma de narrativa, prosa ou estrutura ficcional baseada numa organização não linear dos significantes, promovendo a fragmentação da diegese narrativa tradicional, bem como a utilização de relações entre escrita, som, imagem – e sua articulação ao nível do sentido.
Performance
Forma de poesia baseada na acção multidisciplinar ao vivo, alargando desse modo o campo poético à expressividade do corpo e do contexto social e espacial da manifestação. (Também: Perfopoesia; Poesia-performance; Performance poética; Acção poética)
Poesia Concreta
Forma de poesia baseada na espacialização e organização constelar dos significantes, desse modo promovendo a superação do verso como unidade rítmico-formal e a sua substituição por homologias e relações icónicas entre escrita, som, imagem e sentido.
Poesia Digital
Forma de poesia que utiliza as potencialidades do computador como máquina criativa, promovendo desse modo uma simbiose entre o artista e a máquina e assentando na construção de algoritmos de base combinatória, aleatória, multimodal ou interactiva. (Também: Poesia cibernética; Poesia electrónica; Ciberliteratura)
Poesia Espacial
Forma de poesia baseada em processos de intersemiose nos quais se invocam e usam de um modo expressivo vários sistemas de signos (visuais, sonoros, verbais, cinéticos, performativos) e de materialidades (tridimensionais, objectuais, mediáticas).
Poesia Sonora
Forma de poesia baseada na expressividade dos aspectos fonéticos da linguagem e dos processos vocais de emissão de som, alargando desse modo o conceito de poema ao de composição musical, normalmente associada a manifestações performativas e acções ao vivo, podendo no entanto ser formalizada quer pelo registo áudio, quer pela representação visual da partitura. (Também: Poesia fonética)
Poesia Visual
Forma de poesia baseada na dissolução das fronteiras entre géneros literários e visuais, passando o poema a ser uma entidade híbrida e intermédia, desse modo superando a exclusividade da linguagem verbal e dos elementos tipográficos, e promovendo a sua articulação com elementos visuais e plásticos.
Videopoesia
Forma de poesia baseada na exploração das possibilidades gramaticais e comunicativas do vídeo, onde o signo é iconizado numa acção espácio-temporal, articulando elementos expressivos como o movimento autónomo das formas e das cores, a integração do som e a inter-relação espaço/tempo.
PO.EX
POesia EXperimental – Termo proposto por E. M. de Melo e Castro para enquadrar as actividades de autores portugueses ligados à poesia visual, sonora e concreta dos anos 1960 a 1980.