Texto de António Barros sobre três artitudes do autor: “Os anéis e os dedos” (parte integrante de “Vulto Limite”), “Anulação do Tempo ou o Poeta Ausente”, e “Aula Vaga”. [Texto. Ligações. Imagens]
Enunciam-se aqui três artitudes formuladas num arco temporal de cerca de três anos, em diferentes geografias sociais.
1. “Os anéis e os dedos”, parte integrante de “Vulto Limite”, resultou numa operação construída em Project Association Artists, NDC a 10 de março de 2012.
Elementos estruturais desta acção fizeram-se inscrever posteriormente – enquanto obgestos -, na iniciativa “Nas Escritas PO.EX”, Casa da Escrita, Coimbra.
2. “Anulação do Tempo ou o Poeta Ausente”, a partir do texto: “Para Ruy Cinatti ausente em Timor e algures após cinco anos sem notícias”, de Sophia de Mello Breyner Andresen, Projecto Galáxia Camões, Alma Azul, 10 de junho de 2013, 17h00, Coimbra.
3. “Aula Vaga”, 1.000.051′ Aniversário da Arte, CAPC – Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, 17 de janeiro de 2014, Coimbra.
[ “e n s i n a v a o f i l h o a e n g o l i r a s a l i v a p a r a i l u d i r a f o m e” ]
Ainda sobre “Aula Vaga” de António Barros
- “Aula Vaga” não se assume como uma performance, mas como uma artitude (uma arte de situação; de comportamento).
- Em “Aula Vaga” o autor não se assume como artista, mas como artor.
- Em “Aula Vaga”, nesta artitude, o artor não se apresenta em palco, mas surge no contexto do/no próprio público.
- Em “Aula Vaga” o público é parte integrante e participativa do/no ‘happening’ em progresso. Comunga.
- Em “Aula Vaga” o artor priva e partilha, sujeitando ao público os seus propósitos e conteúdos comunicacionais.
- Em “Aula Vaga” o artor trabalha recorrendo ao despojamento dos meios suporte fundamentais.
- Em “Aula Vaga” o artor convoca, numa “arte de situação”, as inquietações_temas do seu contexto social vivenciável.
- Em “Aula Vaga” o artor experiencia os elementos mínimos da comunicação conceptualista.
- Em “Aula Vaga” o artor assume um acto político de guerrilha urbana situacionista.
- Em “Aula Vaga” o artor ensaia uma metodologia alternativa no ensino_aprendizagem.
- Em “Aula Vaga” o artor presume e assume gerar uma atitude de “contaminação”.
- Em “Aula Vaga” o artor explora uma escrita poética experimental.
- Em “Aula Vaga” o Texto é PreTexto.
- Em “Aula Vaga” o artor ensaia a estrura do haikai japonês.
- Em “Aula Vaga” o tempo é vago, resolvendo-se a vivenciação sem morosidades supérfluas alheias à guerrilha.
- Em “Aula Vaga” o lugar/espaço/acção está vago, afirmando disponibilidade em si; convocando a interacção.
- Em “Aula Vaga” dinamiza-se uma pretensa vaga propulsora e consequente.
- Em “Aula Vaga” galvaniza-se uma conjugação de confronto com uma ideia agenciante.
- Em “Aula Vaga” edita-se um testemunho operativo da memória futura.
- Em “Aula Vaga” o objeto criado propõe-se gerador de uma “tarefa aberta”.
- Em “Aula Vaga” assume-se uma contaminação fluxista. Como Ser em Fluxus.
Ver tb >
Os anéis e os dedos | Anulação do Tempo | Aula Vaga [Nas Escritas PO.EX]
Os anéis e os dedos, 2012 • Coimbra [Obgesto – Vulto Limite] • Colecção do Autor | Anulação do Tempo ou o Poeta Ausente • artitude, Coimbra | Aula Vaga • 1.000.051′ Aniversário da Arte, CAPC – Círculo de Artes Plásticas de Coimbra