Texto de Eduardo Paz Barroso acerca de artistas plásticos portugueses que na segunda metade do século XX partilharam com a poesia experimental uma preocupação com o espaço, a escrita e a pintura. [Texto. pdf]
PAZ BARROSO, E. (2014). Pintura e poesia experimental: Ambientes e contextos na segunda metade do século XX português. In: TORRES, R. (Org.). Poesia Experimental Portuguesa: Contextos, Ensaios, Entrevistas, Metodologias. Porto: Edições UFP, p. 32-47. ISBN 978-989-643-121-1. Disponível em < https://po-ex.net/taxonomia/transtextualidades/metatextualidades-alografas/poesia-experimental-portuguesa-contextos-ensaios-entrevistas-metodologias >.
Da Introdução > António Areal, Mário Cesariny, Ana Hatherly, Eurico Gonçalves, e Emerenciano são alguns dos artistas plásticos portugueses que na segunda metade do século XX possuem de comum uma preocupação com o espaço, a escrita e a pintura a partir de pressupostos poéticos radicados na teorização da vanguarda, no surrealismo, na colagem, e na poesia experimental. A espacialidade reforça, logo nos anos 1960, a componente visual do experimentalismo poético português que assim o aproxima de preocupações e manifestações plásticas que captam a pesquisa morfológica, fonética, sintáctica e semiológica a que se dedicam os poetas experimentais. É também este factor (devidamente acentuado por Melo e Castro, 1980: 80) que ajuda a perceber a interpenetração de artistas como Mário Cesariny de Vasconcelos com a poesia experimental, ou a possibilidade de reconhecer em muitas das suas pinturas e colagens, elementos que nos remetem para uma série de referências caras aos poetas experimentais. Do mesmo modo que, e para nos mantermos dentro do universo surrealista, deparamos com incursões neste género de poesia por parte de um escritor como Alexandre O’Neill.
Ligação permanente > POEX_ebook2014_epbarroso_32-47.pdf
[Tb publicado na BOCC > http://bocc.ufp.pt/pag/barroso-eduardo-2014-pintura-poesia-experimental.pdf]