UKRAYINA2400H _Uma esgrita de guERRA

Para uma arte da acção, por António Barros. [Textos. Imagens]


1. Palavras Primeiras | 2. Myr | 3. Sol_idário | 4. (C)Seria | 5. ReLeituras | 6.   .COMida | 7. Meanwile_kitchen cabinet | 8. Compaixão | 9. Tributo a Kasimir Malevich


UKRAYINA2400H _Uma esgrita de guERRA   _para uma arte da acção. 

Uma poesia gerada na ficção das trincheiras, nas novas trincheiras. A guERRA entra pela casa dentro. Há uma ilha cercada de comunicação em toda a volta. O telemático ocupa o lugar do convivial [de Steiner a Hubertt]Há uma não comunicação afogada da hipertrófica condição informacional até ao vácuo. Gerar o poema (s)urge. O poema plural de elegia à comunidade vitimada. Vítima. “Todo o poema, com o tempo é uma elegia” (Jorge Luis Borges). Com artitudes no gatilho a Arte à guERRA obriga compaixão. Dizeres sem palavra dentro formulam-se.

Em suma: trabalhando investigação no binómio Arte_Educação temos, nesta operação, 2400 horas consequentes, com uma guERRA ao fundo. E aqui resulta uma reflexão sobre o retrato do lugar da falência das palavras – com palavras sem palavra. Leitura performativa onde – o que em si o autor encontra de Ente – almeja trazer um testemunho do tempo. Convulsão de poemas. Poema_elegia. Mesmo sendo auSente, é preSente, s(e)Ente.

[V(l)er tb > Do performativo corpo auSente]

No arco temporal: fevereiro_maio 2022, (d)enunciam-se 2400 horas. Artitudes, textos visuais, obgestos, progestos, na senda de uma procura que se almeja consequente no resultar numa (in)tangível arte da acção. Toda uma poesia experiencial porque vivencial.

Da centena de peças geradas sublinham-se aqui alguns dos momentos para memória. Guardar antes que comece a esquecer. Há um ser preso ao esqueCimento. Duro Ente, ou ficaremos com Steiner a dizer que “a verdadeira lógica e a beleza são a mesma coisa”.


1. P a l a v r a s   P r i m e i r a s  

Com Myr a presente ex_posição abre e pautiza-se entre duas palavras_silêncios     ira   irá   — ser Myr. Mas há um manifesto de solidariedade resgatado que gera uma escultura para habitar. Contemplar. O braço carbonizado segurando o cálice assassino (d)enuncia a fossilidade energética. Os vivos reféns. Urge agir, assina o modo. É impossível ser indiferente à guERRA chegada de assalto. Resta uma memória suprematista do lugar. Tanta dessa arte foi destruída. Autocarros funerários para crianças multiplicam-se, ainda.

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2. Há um ZZ_ZigueZague no vestido plissado da viúva_Myr [que traz um filho ao colo _entre duas palavras].

Nas voltas de um círculo sem (a)fim deram-me umas palavras que guardei o saber: “diz-me quem te influencia, te direi quem és” (Fernando Pernes). E é neste andante de contaminações que se (d)enuncia o caminho onde “nossos actos falhados são na verdade actos bem sucedidos, pois nossas palavras que tropeçam são palavras que confessam” (J. Lacan). E se confesso o canto, canto numa esgrita. “Eu canto porque o instante e a minha vida está completa. Não sou alegre nem sou triste: sou poeta.” (Cecília Meireles). Num lugar de guErra que me obriga buscar o gRito, “as pessoas educam para a competição e esse é o princípio de qualquer guerra. Quando educarmos para cooperarmos e sermos solidários uns com os outros, nesse dia estaremos a educar para a paz.” (Maria Montessori)

Com as “palavras que tropeçam”, e se objectualizam em (g)ritos – artitudes de uma arte da acção, geram-se falantes obgestos e vontades ditas progestos, esses que num procurar de outro devir almeja: Myr [Paz].


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3. Silêncio falante  _Carro de Bébé na fronteira, espera a mulher_mãe em fuga

Sem palavras num tempo de falência das palavras a_pena números (TriploV)


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4. (C)SERIA _ Se eu fosse peixe enlouquec(s)eria | We Must Take Action | XXII Bienal Internacional de Arte de Cerveira [BC]

Providenciando o resgate da peça do lugar expositivo [BC], e aí operando uma artitude progressiva, transitará o objecto, e seus novos elementos gerados, para um espaço museológico onde ficará a obra residente para fruição pública continuada. Terá a dinâmica um trânsito interdisciplinar com a sociedade envolvente e seus referentes. Tudo conjugado com diferentes comunidades sinalizadas no percurso, na dominante sociedades em cumplicidade com a realidade ucraniana na geografia ibérica. Desígnios para que se conjugue condição para a estruturante realização vivencial da arte. Gerar essa “musculatura do espírito” (George Steiner).

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5. R e L e i t u r a s

5a. Diário de Notícias | Artes Plásticas | João Filipe Pestana | 13 jul 2022

[V(l)er tb > Texto de João Filipe Pestana: “António Barros integra exposições, livro e revistas“]


5b. nos BASTA_e_DORES

In: Animalia Vegetalia Mineralia | Ano IX, Número XII | ISSN 2183 265X | https://animaliavegetaliamineralia.org/2022/01/08/ano-ix-numero-xii-2022-year-viii-number-xii-2022/


5c. LOGO EX_ISTO | Triplov

Fórmula do fim da “Operação Militar Especial” | https://triplov.com/formula-do-fim-da-operacao-militar-especial-2022/

Legendas das imagens >

  • António Barros integra exposições, livro e revistas (Diário de Notícias, Funchal, 13 julho 2022, Funchal | Artes Plásticas)
  • SeMentes, 2022, António Barros
  • Homem sem H = OMEM-Operador Militar Especial Matador
  • Revista ISLENHA, #69 | Não façam Arte, façam Artitudes, 2021, António Barros (Artitude inédita e desafiadora foi a que AB, em Coimbra, formulou à cidade, mormente à Comunidade Académica, essa vestida no negro dos seus lutos e lutas. O Presidente da AAC, aluno no domínio das Ciências da Educação na Universidade de Coimbra, acolheu a ideia. Histórica.)
  • Silêncio Falante #3 [Progesto _Arte da Acção], 2022, António Barros

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6.       . C O M i d a 

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7. M e a n w h i l e   |   K i t c h e n   c a b i n e t

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8. C o m p a i x ã o  |  EV|EX 2022  |  Évora Experimental 2022, 3 Edição
C   O   M   P   A   I   X   Ã   O      |     E   V   |   E   X   2   0   2   2

A .  Em questão a invenção – Poesia Experimental Portuguesa – EV|EX, Évora Experimental 2022 : P56 “T de Tarde, T de Tempo perdido, T de Terre de guERRE”, 2022; P57 “nos BASTA_e_DORES”, 2022; P58 “SeMentes”, 2022; P59 “Insularidades_ou Coimbra_Meanwhile _Ucrânia, com Tanya Koozyreva, quinze dias depois”, 2022; P60 “Progesto para uma arte da acção”, 2022.

B.  G M M P S _Global Multimédia Poetry Stands 22 – EV|EX, Évora Experimental 2022 : #1. Ser Ente, 2000-2022, António Barros; #2. Part_Ilha, 2021, António Barros; #3. (D)enunciar: OMEM sem H, 2022, António Barros [OMEM _Operador Militar Especial Matador].

C.  C O M P A I X Ã O _ E s c r i t a s   p o l i g r á f i c a s – EV|EX, Évora Experimental 2022 : [tem_Pó de P_este] “Sempre é tempo de peste, quando são os loucos que guiam os cegos”. Estas palavras, em assinatura, de William Shakespeare geram um retrato da fatal_idade do hoje. Chama esse tempo a Compaixão. E nesta órbita foram gerados quatro momentos de reflexão na senda de [com_Paixão _esgritas poligráficas]: 

#1. Florigen, 2015, momento 5, 2022. António Barros. Objecto_livro com texto aplicado em modelos de Orchis militaris. Poliéster, tinta plástica, ferro, 60x91x16cm, e vidro 58x93x0,7cm. Referentes: Mikhail Chailakhian [florigen – gene que comanda a floração das plantas]; Jean Genet [“há pois uma íntima relação entre as flores e os condenados.”]; Fiódor Dostoiévski [“Somos assim: sonhamos o voo mas tememos a altura. Para voar é preciso ter coragem para enfrentar o terror do vazio. Porque é só no vazio que o voo acontece. O vazio é o espaço da liberdade, a ausência de certezas. Mas é isso o que tememos: o não ter certezas. Por isso trocamos o voo por gaiolas. As gaiolas são o lugar onde as certezas moram.” ]. Edição anterior em Inflammatium, Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, 2018; e Nas Escritas PoEx, Casa da Escrita, 2012, Coimbra

https://issuu.com/antoniobarros7/docs/00_catalogo_antoniobarros_prova3

https://po-ex.net/taxonomia/transtextualidades/metatextualidades-autografas/antonio-barros-florigen-trilogia-momento-3/.

#2. Lágrima de Amália _com P de Portugal ao fundo, 2021, momento 3, 2022, António Barros. Compósita: Tipografia sobre fotografia impressa sobre tela, intervencionada a desenho 135x135cm, aplicado na mesa SolAvo, em madeira lacada, ramos, mármore, vaso de vidro com colher vazia na terra_tERrA, 76x43x33cm, farinha no pavimento; e texto grafado rótulo de embalagem 18x16cm estacionada sobre a mesa. Edição anterior em: Mágoa Water Event, 2021, Museu da Água, Coimbra. Editado em Amália: Um olhar contemporâneo, Galeria António Prates, 2020, Lisboa. Publicado em Folhas: Letras e Outros Ofícios, #19, 2021, Aveiro.

[Egos, 2021, António Barros]

#3. Egos, 2021, António Barros. Artitude. Texto visual impresso sobre tela, intervencionado com desenho, 50x70cm, sobre mesa 75x122x122cm, vestida a negro, confrontado com batente, malho de calçada, fabricado em madeira. O texto revisita, no hoje, palavras de Shakespeare; publicação em Visual Poetry Museum https://po-ex.net/tag/sobre-antonio-barros/

#4. Ira_Irá 1<2  _ou retrato perdido da viúva Myr, 2022, António Barros. Texto visual impresso sobre papel, 18×23,5cm, em diálogo com suporte envolvente explorando contraste de matérias têxteis, obgestos,132x51cm. Versão gráfica publicada em: “Suppose That…” / Worm Prod. 2022. Versão multimédia: Mineral Informe_do silêncio consequente, Itinerários Sonoros na Performance Art, Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 2021.

[Dedico com gratidão esta colecção de poemas_objectos, artitudes, a Augusta Villalobos, Augusto de Campos, Omar Khoury, Rui Torres e Tchello d’Barros; e na memória a Salette Tavares, Joan Brossa, Wolf Vostell, Alfredo Barros, António Aragão e José Ernesto de Sousa].

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9. T r i b u t o   a   K a s i m i r   M a l e v i c h

Legendas das imagens >

  • (1 a 5) RevolVer | Diaporama convulso_rotação infinita _com elegia ao suprematismo de Malevich ao fundo, 2022, António Barros, [Progesto]
  • Em modo de posfácio, depois do começar: Malevich | Ucrânia, antes desse fevereiro de 2022.

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