Artigo de Ana Marques Gastão sobre Ana Hatherly publicado em Portfólio da Revista CCI-Cátedra Cascais Interartes. [Resumo. Ligação]
Descrição > Anagregoriana, por Ana Marques Gastão, in: Revista CCI-Cátedra Cascais Interartes, nº 1, 2019, pp. 42-64.
Resumo > Ana Hatherly emprega a linguagem da electrónica digital para encontrar uma definição do poeta, criador de metáforas – processo de substituição em que um termo é substituído por outro, o que, no fundo, significa transposição. Este conceito não pode ser dissociado, porém, da imagem gráfica de um codificador e de um descodificador que se assemelham aos quadrados mágicos. O trabalho poético-visual que Ana Hatherly nos legou acompanha a história das ideias, das religiões, da mística e das artes, não só no sentido de uma erudição, mas de uma praxis conhecedora da pansemiótica cabalística, da arte combinatória e seus aspectos permutacionais, algo ao qual o conhecimento aprofundado do universo musical da ensaísta acrescenta mais do que o óbvio. O texto-desenho na sua obra deve merecer uma aproximação hermenêutica que o tenha em conta como parte integrante de um sistema sígnico a estudar de modos múltiplos e também enquanto pulsão de um corpo em movimento entre os vários elementos – sobretudo o ar (o sopro), que tem uma velocidade. Podemos lê-lo em Mapas da Imaginação e da Memória e, noutros momentos, como uma sequência de ondas sonoras. Deste modo, ler o que não são letras senão em desvio, mas signos/ícones, torna-se numa dinâmica que representa a passagem de uma estrutura a outra, que desliza suavemente, sem asperezas.
Ligação > http://online.fliphtml5.com/kyoil/thvz/#p=42
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