A Experiência do Prodígio: Leituras de Ana Hatherly

Américo Rodrigues e José Neves protagonizam este jogo de leituras a duas vozes de diferentes textos de Ana Hatherly. [Imagens]


Muitos destes textos colocam desafios à própria leitura, obrigando-nos a decifrar os percursos labirínticos e enigmáticos da escrita para além da transparência das convenções. A tensão entre visibilidade e legibilidade, essencial para a dinâmica dos seus textos caligráficos, é uma das operações materiais que torna possível experimentar o prodígio da leitura.

Data: 03/07/2016 – 16h00 | Local: Galeria Boavista


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Créditos: Fotografias de Alípio Padilha.


Participantes:

Américo Rodrigues (1961-) Foi animador e programador cultural no FAOJ (1979-1989) e na Câmara da Guarda (1989-2005), tendo sido Director artístico do Teatro Municipal da Guarda de 2005 a 2013. É um dos fundadores do Aquilo Teatro, da Luzlinar e do Teatro do Calafro. Poeta, performer vocal, actor, encenador e dramaturgo. É autor de Despertar do funâmbulo (2000, cd-áudio), Escatologia (2003, cd-áudio), Trânsito Local Trânsito Vocal (2004, com Jorge dos Reis, cd-áudio), Aorta Tocante (2005, cd-áudio), Cicatriz:ando (2009, cd-áudio), Porta-Voz (2014, cd-áudio), para além de diversos livros de crónica, teatro e poesia. Mestre em Ciências da Fala pela Universidade de Aveiro com uma tese sobre As emoções na fala. “Ao longo das décadas de 1990 e 2000, Américo Rodrigues desenvolveu um intenso trabalho de experimentação com a voz em espectáculos ao vivo e em gravações. Situada entre a poesia sonora e a música, a sua obra sónica e vocal constitui um exemplo singular de apropriação e renovação do poema sonoro e de potenciação das suas possibilidades poéticas e musicais. As vocalizações de Américo Rodrigues fazem um uso virtuosístico do aparelho fonador, por vezes com auxílio de fontes acústicas externas e com manipulação sonora dos registos gravados (…) A expressividade musical e poética das suas composições fonéticas resulta de uma combinatória entre pré-verbal, verbal e pós-verbal.” (Manuel Portela)

José Neves (Trancoso- Guarda, 1965). Actor. Iniciou a sua actividade no Aquilo – Teatro da Guarda, ingressando no TEUC – Teatro dos Estudantes da Universidade de Coimbra em 1984. Integra o elenco residente do Teatro Nacional D.Maria II. Com Ricardo Pais integrou o elenco de Fausto Fernando Fragmentos (Teatro Nacional D. Maria II), Amor de Perdição de António Emiliano e António Pinto Ribeiro (Teatro Nacional de São Carlos), Mandrágora de Maquiavel (A Escola da Noite) e Clamor de Luísa Costa Gomes (Teatro Nacional D. Maria II). Co-fundador do projecto A Escola da Noite, aí encenou Amado Monstro de Javier Tomeo, espectáculo inaugural da companhia. Integrou o elenco fixo do Teatro Nacional D. Maria II tendo participado, entre outros, em Ricardo II de Shakespeare e O Crime da Aldeia Velha de Bernardo Santareno (encenações de Carlos Avilez), O Avião de Tróia de Luiza Neto Jorge (encenação de Maria Emília Correia), Auto das Muy Desvairadas Partes de Gil Vicente (encenação de Ruy de Matos), Rei Lear de Shakespeare (encenação de Richard Cottrell), As Barcas de Gil Vicente (encenação de Giorgio Barberio Corsetti). No Teatro Nacional S. João participou em Os Gigantes da Montanha de Luigi Pirandello (encenação de Giorgio Barberio Corsetti). Foi dirigido por Jorge Silva Melo em A Queda do Egoísta Johan Fatzer de Brecht (1998). É co-fundador do Teatro do Calafrio. Actor regular em produções televisivas.