Baía d’Abra

Texto de António Barros sobre Manhãs Raízes, CAPC, Coimbra. [Texto. Ligação]


CAPC • Círculo de Artes Plásticas de Coimbra, 6-26 Novembro, 1983 | Manhãs Raízes, de António Barros, Registos de Alexandra Leite e Rui Orfão.


Baía D’Abra. Poema de alcatrão – jogo de visceral sarcasmo adormecido no desterro – alimenta-se de pão negro e fome. A poesia, a revolta: Arte e Natureza – irmãos de Sísifo e de ânsia de pecado. Diálogos de guerrilha – e tudo se basta e dilui no tempo severo e vulnerável a iniciar novas dúVidas/díVidas. Mas “a nossa dúvida é a nossa paixão, e a nossa paixão o nosso papel. O resto é Loucura de Arte” (Henry James). [In catálogo: “Círculo de Artes Plásticas de Coimbra – 54 Exposições 1981-1983”].

A recolha de massa de alcatrão, resíduos que dão à costa trazidos pela subida das marés, é moldada numa conjugação escultural a formular a constelação de Objectos-Texto [Praia Cabedelo]. O registo performativo da artitude ambiental e a “instalação” das peças transitou, a concluir a operação, para o suporte expositivo convocando a espacialidade vivencial do Objecto-Livro [Galeria CAPC].


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