Lirismo verbal e virtual: travessia de sentidos

Dissertação de Mestrado de Natascha Gomes Paiva sobre recriação digital de poemas de Florbela Espanca por Rui Torres na obra ‘Amor-mundo ou a vida, esse sonho triste’. [Ligação]


Descrição > Autor: PAIVA, Natascha Gomes | Título: Lirismo verbal e virtual: travessia de sentidos | Outro título: Florbela Espanca e Rui Torres, um caso erótico na construção poético lírica | Dissertação de Mestrado em Literatura e Critica Literária da PUC de São Paulo, 2009 | 128 pp.


Resumo > O tema de investigação desta dissertação é o lirismo erótico verbal e virtual em sonetos de Florbela Espanca (1894–1930) e nos versos/poemas digitais de Rui Torres (1973). Os sonetos foram extraídos da obra Poemas Florbela Espanca, de Florbela Espanca e organização de Maria Lúcia Dal Farra e os versos/poemas digitais “Amor-mundo, ou a vida, esse sonho triste”, do endereço eletrônico www.telepoesis.net, de Rui Torres. O objetivo é analisar o lirismo nas produções poéticas de ambos os poetas, apontando para as semelhanças e diferenças que as duas formas líricas manifestam. A questão-problema da pesquisa foi a seguinte: até que ponto existe uma fusão entre o lirismo erótico verbal de Florbela Espanca e o lirismo erótico virtual de Rui Torres? Ou melhor, pressupondo que a poesia de Florbela Espanca produz uma voz lírica erótica, e a poesia de Rui Torres, uma voz lírica virtual, pode-se dizer que a poesia de Torres dialoga com o erotismo de Florbela? Para nortear a investigação, foram selecionadas as hipóteses: Rui Torres recupera virtualmente, em seus poemas, procedimentos poéticos do lirismo erótico verbal florbeliano, concretizando um diálogo com a poesia de Florbela Espanca; Rui Torres, ao fundir seu lirismo ao de Florbela, redimensiona o lirismo florbeliano e revela potencialidades líricas do meio virtual. A fundamentação teórico crítica apóia-se nos estudos de especialistas desta poeta portuguesa, como Maria Lúcia Dal Farra, nos estudos sobre o poético e o erótico de Georges Bataille e Octavio Paz, em estudiosos do meio digital e literário como Lúcia Santaella e Joan Campás. Entre as conclusões, ressalta-se que a sensualidade, em ambos os poetas, é metaforicamente representada, impulsionando o percurso do eu erótico. O discurso poético se manifesta a favor da representação e fruição do desejo e do prazer.


Ligação > https://sapientia.pucsp.br/handle/handle/14916


V(l)er tb >