Visualização de dados a partir de projetos de cooperação de César Figueiredo [Texto. HTML. JavaScript.]
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Poesia Experimental Portuguesa
César Figueiredo (1954-) é natural do Porto.
Na sua obra, tem explorado as potencialidades da tecnologia copigráfica. Os seus textos visuais caracterizam-se pela sobreposição de diferentes texturas gráficas, jogando na fronteira entre a sugestão de padrões visuais e textuais perceptíveis e a dessemantização da linguagem escrita e da linguagem gráfica. A figuração da ilegibilidade é feita através da fragmentação e sobreposição de partes de diferentes textos, como se os diversos tipos de mensagem gráfica dos materiais apropriados (frequentemente despojos da sociedade de consumo) se aglutinassem aleatoriamente. Em alguns dos seus trabalhos o grão da própria trama gráfica torna-se a unidade mínima significante. Uma parte significativa da produção do autor, primeiro sob o nome de Art & Tal e mais tarde tendo por albergue as worm productions, assenta na criação colaborativa de artefactos seriais que contribuem para a desestabilização das linguagens convencionais das artes e os seus protocolos canonizados. Os seus trabalhos são marcados pela radicalidade dos processos de inscrição mediática, os quais se expressam através de constantes mecanismos de justaposição, acumulação e atomização. A experiência da manipulação da letra e da imagem (ou dos seus resquícios) operacionaliza-se sobretudo através de mecanismos de fragmentação, remistura e rasura, atribuindo aos artefactos finais uma estética processual que se erige particularmente no sentido de uma reflexão crítica sobre as linguagens dos média (verbais e visuais) e o quotidiano político dessas mesmas linguagens.
Obras principais > Participou em diversas exposições de poesia visual, entre as quais: Poesia: Outras Escritas: Novos Suportes (Setúbal, 1988); I Mostra Internacional de Poesia Visual (São Paulo – Brasil, 1988); Concreta. Experimental. Visual (Bolonha – Itália, 1989; Paris, Lyon, Poitiers – França, 1990) e Visuelle Poesie (Gotha – Alemanha, 1990). Expôs o seu trabalho sobretudo em mostras de copy art e arte postal realizadas em várias cidades europeias e do continente americano. Em Portugal, organizou algumas das principais exposições dedicadas à copy art e arte postal: Kommunication Digital (Porto e Vila do Conde, 1989); Copy Art: Electrographic Exhibition (com Avelino Rocha e Graça Santos, Gaia, 1990); Electrografias (com António Nelos, Setúbal, 1991); 1.ª Exposição Internacional de Arte Postal de Matosinhos (com Abílio-José Santos, 1992); Copy Porto (com Jürgen O. Olbrich, 1992); Expo-Copy 93 (Matosinhos, 1993) e 69 Livros ANALgésicos (com Isabel Camarinha, Matosinhos, 1995). Colaborou com diversas revistas e publicações-assemblagem, com destaque para UNI/vers(;) (Halle/Saale – Alemanha), Brain Cell (Moriguchi – Japão), Inter (St. Jean – Québec, Canadá), Offerta Speciale (Turim – Itália), Bollettario (Modena – Itália), P.O.Box (Barcelona – Catalunha), entwerter/oder (Berlim – Alemanha), Mani Art (Grandfresnoy – França) e Big Ode (Almada), publicações nas quais trabalhos seus aparecem em diversas ocasiões. Foi convidado especial de No News n.º 16 (Kassel – Alemanha, 1993) e, no início dos anos 1990, foi-lhe dedicado o n.º 19 da colecção Xerolage (Wisconsin – E.U.A.). Publicou trabalhos realizados em cooperação com vários outros poetas, artistas e não-artistas, nomeadamente na sua série 69 ANALgesic books, vasto conjunto de micro-publicações colaborativas desenvolvidas entre 1993 e 2004, e em suppose that…, caixas-objecto experimentais concebidas entre 1994 e 2003. É ainda autor de várias brochuras e artefactos realizados em colaboração com autores como Abílio-José Santos, Guillermo Deisler, Ottfried Zielke, Karla Sachse, António Nelos, Uwe Warnke, Jürgen O. Olbrich, John M. Bennett, Jean-François Robic, entre outros. É autor do livro 24 cartas comerciais tipo (Edições Mortas, 1998) e dos objectos experimentais as… poems what poems? (1993), G8: Golias’ revenge (2001), one toy to mr. schmit (2003), chewing-gum dressing-gown & slippers (2003), apple pie cultural society (2004) e büro variation (2011).
[Biografia escrita por Manuel Portela e Bruno Ministro]
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Primeiro livro da colecção Cibertextualidades, em acesso aberto, organizado por Rui Torres e Claudia Kozak para as Publicações Universidade Fernando Pessoa (2019). [Índice. Ligação]
César Figueiredo é o poeta do ROMP 07, a ter lugar no Espaço MUSAS quinta-feira, dia 28 de fevereiro de 2019, às 21h30. [Cartaz. Informações. Fotografias]
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Exposição de Poesia Experimental Portuguesa em Brasília, Brasil, com curadoria de Bruna Callegari e Omar Khouri. [Cartaz. Informações. Imagens. Vídeos. Ligação]
Folhetos desdobráveis de César Figueiredo. [Imagens. html]
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Obra visual de César Figueiredo e Jürgen O. Olbrich com apropriação de formulários e outro material burocrático. [Imagens]
Electrografias de César Figueiredo. [Imagens]
Continue reading “Solar”
Electrografias de César Figueiredo. [Imagens]
Continue reading “Explosion Poem”
Electrografias de César Figueiredo. [Imagens]
Continue reading “Esferas”
Electrografias de César Figueiredo. [Imagens]
Continue reading “Auto-rádio”