Stand F061

Exposição de António Dantas na ARCO 2000. [Sinopse. Imagens]


STAND F061 @ARCO MADRID, 2000 >

[Imagens cortesia de Porta33]


Sinopse >

ANTÓNIO DANTAS nasceu na ilha da Madeira em 1954, onde sempre viveu e trabalhou. Essa circunstância ligou-o ao movimento da “mail-art”. Com António Aragão — um dos mais importantes artistas da poesia experimental e visual em Portugal, onde introduziu a electrografia em meados da década de 1970, fruto do contacto com o italiano Bruno Munari — organizou em 1981 no Funchal a publicação portuguesa electrográfica, “Filigrama”, cujo meio de difusão seria precisamente o correio. Desde então tem participado em várias exposições internacionais de “mail-art”, “poesia visual”, “arte electrográfica” ou “copy-art” e, posteriormente, em exposições de “vídeo-arte”.

Em linha com as exposições anteriores “Trust Art” (1993) e “Genesis 2.21” (1996) realizadas na Porta 33 no Funchal, e “Cosmo-Grafias” (1998) produzida por essa Galeria para a Livraria Assírio & Alvim em Lisboa, a instalação “Stand F061”, título correspondente ao número do stand atribuído à Porta 33 em “Stand F061”, reflecte formal e conceptualmente as preocupações que ANTÓNIO DANTAS se coloca como artista dos circuitos alternativos da “mail-art”, em que à ausência ou indiferença do espaço se opõe a presença ou diferença desse mesmo espaço. Apropriando-se, neste caso, de um stand no âmbito de uma feira internacional de arte, onde a promoção, divulgação e contacto com o público são objectivos geralmente comuns a todas as outras feiras, ANTÓNIO DANTAS desenvolve tematicamente o seu trabalho a partir de alguns elementos relativamente simples e constantes neste tipo de evento: uma mesa com alguma documentação e com alguém que, normalmente, se comporta com simpatia e amabilidade e que estará sentado numa cadeira, pronto a responder às questões do público. Definida tematicamente a representação desse espaço, ANTÓNIO DANTAS representa-se a si mesmo na sua identidade de artista como “esse alguém”, utilizando uma linguagem visual expressamente determinada por procedimentos electrográficos (manipulação, degeneração, ampliação, sobreposição…) e multiplicando perante os nossos olhos uma sequência dinâmica de imagens onde o artista se funde com a própria obra. A instalação completa-se com uma mesa de 250×125 cm colocada no centro do stand e na qual, agora sim, ele expõe uma série de folhas em tamanho A4 repetidas e que resumem a sua trajetória como artista.


Desdobrável >

[Imagens cortesia de Porta33]


Fonte > PORTA33: ANTÓNIO DANTAS 1993—2000


[Agradecemos a António Dantas e à Porta33 a autorização que permitiu disponibilizar esta entrada no Arquivo Digital da PO.EX]