Texto-Imagem [Labirintos, Anagramas, Poesia Visual, Electrografia]


[ Labirintos, anagramas ]

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Estabelecimento de uma tradição de poesia inovadora (ou de inovação) que permitisse identificar certas coordenadas históricas da visualidade: a procura do visual e do figurativo na história da literatura.

Objectivo: recuperar textos que não eram considerados literários pela crítica oficial, considerada conservadora por estes poetas.

A identificação desta tradição visual cria um certo sentido de continuidade das vanguardas.


Ana Hatherly, em A experiência do prodígio (1983), recolhe textos que contrariam a tendência de alguns historiadores para localizar o aparecimento da poesia visual no início do século XX, com as parole in libertà dos futuristas ou os poemas-colagem dos dadaístas.

Essa Antologia de textos visuais dos séculos XVII e XVIII inclui obras disponíveis na Biblioteca Nacional da Ajuda, Biblioteca Pública e Arquivo Distrital de Évora, Biblioteca Nacional de Lisboa, Arquivo Nacional da Torre do Tombo e Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra:

  • Labirintos de Letras
  • Labirintos Cúbicos
  • Labirintos de versos
  • Acrósticos
  • Anagramas
  • Cronogramas
  • Emblemas
  • Empresas
  • Enigmas
  • Escrita Ropálica
  • Texto-Amuleto
  • Ecos
  • Centão
  • Lipogramas
  • Versos de Cabo Roto

Uma cronologia com “séculos de experiência de textos-imagens (…) além de todos os outros textos e objectos poemáticos identificáveis como tal.” (1981: 141)

Antecedentes da Poesia Visual: idealizações e realizações remotas; pioneiros e precursores; antecedentes estéticos e materiais da poesia experimental. Incluem-se nesta categoria os textos visuais dos séculos XVII e XVIII – Labirintos, Acrósticos, Anagramas e Cronogramas; mas também alguns textos do futurismo e dadaísmo que tendiam para a visualidade.

Labirintos Cúbicos (Fig. 19 a 26) >

Acrósticos, Anagramas e Cronogramas (Fig. 32 a 64) >

+ Antologia de textos visuais dos séculos XVII e XVIII, org. Ana Hatherly


Além deste levantamento histórico, também a recuperação de uma tradição se constitui como uma releitura.

Inscreve-se numa “culturmorfologia” em que passado e presente se ligam, como explica Haroldo de Campos (1965: 24).

Reavaliar a tradição: “se para uns a tradição existe e deve ser imitada, para outros, se existe é para ser reinventada” (Hatherly, 1985: 17).


Livro III – Leonorana (1965-70), Trinta e uma variações temáticas sobre o mote de um vilancete de Luís de Camões >

+ em Anagramático, Ana Hatherly >




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