«Homeóstatos» de José-Alberto Marques: Uma Homenagem pelo Arquivo Digital da PO.EX

Esta homenagem pretende estudar e reler os homeóstatos de José-Alberto Marques, autor maior do experimentalismo literário português. Respondendo a uma ideia e a um repto de Fernando Aguiar, Rui Torres convidou um conjunto de investigadores e poetas a escrever sobre (e a reescrever) estas obras, organizando posteriormente este dossier. [Textos. Imagens. Sons. Ligações. Scripts]


Homenagem aos Homeóstatos de José-Alberto Marques, org. Arquivo Digital da PO.EX, 2015.


Nota introdutória > Os Homeóstatos, 50 anos depois

por RUI TORRES

Os dez homeóstatos de José-Alberto Marques, criados a partir de 1965 e publicados maioritariamente no primeiro número da revista Operação (1967), sinalizam uma experimentação com os limites do texto, a qual constitui uma marca indelével na obra variada e extensa do seu autor. No seu poema concreto «Solidão», publicado em 1958, verifica-se já uma atomização expressiva do material linguístico, mas é nos homeóstatos que a relação ideogramática entre os signos, bem como as variações minimais a que os sujeita, melhor se evidencia. Através do uso de efeitos de fragmentação e recorrendo à constelação gráfica dos significantes, estes processos de variação acabam igualmente por implicar uma atitude reflexiva em relação ao código (José-Alberto Marques fala numa “componente teórica implícita” nos poemas experimentais), forçando-nos a valorizar os elementos expressivos da linguagem.

Estas estratégias de rarefação textual e de fragmentação do verso, dando origem a espacializações anagramáticas, são antecipadoras, e actuais, merecendo, a 50 anos de distância, a nossa renovada atenção e leitura. Num contexto em que as tecnologias digitais «prometem» e promovem a modularidade e a interactividade, a representação simbólica e a fragmentação em rede, é a estas experiências pioneiras que podemos recorrer para tentar dar resposta à transcodificação do humano e do computacional, do metafórico e do lógico, na unificação da arte e da tecnologia.

Esta homenagem pretende, neste contexto, estudar e reler os homeóstatos de José-Alberto Marques, autor maior do experimentalismo literário português. Respondendo a uma ideia e a um repto de Fernando Aguiar, convidámos um conjunto de investigadores e poetas a escrever sobre (e a reescrever) estas obras. Numa primeira secção, intitulada «Contextos», publicamos uma «Carta da personagem dum poeta ao seu autor», texto inédito de JOSÉ-ALBERTO MARQUES, seguido de imagens dos 10 homeóstatos do autor, com descrição e transcrição textual. Na segunda secção, «Estudos» republicamos e transcrevemos um texto sobre José-Alberto Marques escrito por E. M. DE MELO E CASTRO em 1992, seguindo-se artigos inéditos de MARIA DO CARMO CASTELO BRANCO DE SEQUEIRA, MANUEL PORTELA, BRUNO MINISTRO, LUÍS CLÁUDIO COSTA FAJARDO, DANIELA CÔRTES MADURO e ROGÉRIO BARBOSA DA SILVA. Em «Releituras» apresentamos os trabalhos criativos feitos para esta Homenagem: 4 Ensaios para Homeóstatos Visuais, por FERNANDO AGUIAR; os dedos coçando por detrás do ciclorama, ou o outro lado homeostático do ser, por ANTÓNIO BARROS; um Gerador de Homeóstatos, por RUI TORRES & NUNO FERREIRA; Fs = μs Fn, por BRUNO MINISTRO, NUNO MIGUEL NEVES & SANDRA GUERREIRO DIAS; uma releitura de Homeóstato #4, por LUÍS CLÁUDIO COSTA FAJARDO; e Z, por GABRIEL RUI SILVA. Aproveitamos ainda o potencial agregador do Arquivo para, em «Suplementos», criar uma lista de ligações para todos os textos de José-Alberto Marques no Arquivo Digital da PO.EX, assim como para outros recursos sobre o autor.

A Fernando Aguiar e a todos os que colaboraram nesta iniciativa, o nosso agradecimento. E, de todos nós, a dedicação de tudo isto (que é pouco, sabemos) é para José-Alberto Marques, o poeta que nos inspira, o autor silêncio que nos ensina a ler o novo.


ÍNDICE

A. Contextos

B. Estudos

C. Releituras

D. Suplementos


Contextos >

Carta da personagem dum poema ao seu autor

por JOSÉ-ALBERTO MARQUES [Inédito, Março de 2015]

O meu nome é Célia e fiz parte dum poema experimental, um homeóstato, isso, era esse o nome. Senti-me mal naquele corpo estranho. Diz-me a consciência que sou um pseudónimo, não passo dum acaso, sei lá se alguma vez existi, o que fui, que fiz, onde nasci. Apenas existo numa página que adoro e não mereço, por ser diferente de todas as páginas que vejo, ao lado, noutros livros da biblioteca. Gostava de me procurar bem, ter notícia de mim, saber onde nasci, com que idade fui parar à folha de papel, qual a cor dos meus olhos, a da pele, que, qual o cabelo, liso, às ondas, enrolado, esguio, isso não poderei saber, mesmo lendo-me por entre as palavras onde me puseram, o local onde me colocaram, quais as palavras vizinhas, o sentido que o autor queria de mim, os dedos que me escreveram. Não sei se tenho a idade do poema, ou tenho outra, se fosse alguém de carne e osso, não sei verdadeiramente, eu não sei verdadeiramente se existi, certamente teria mais anos, que idade, que idade, vamos lá sabê-lo, ainda existirei ? E se existir qual será o meu verdadeiro nome.

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10 homeóstatos de José-Alberto Marques [seguidos de transcrição textual]


Homeóstato 1

Homeóstato 1, José-Alberto Marques, 1965. Imagem de Operação 1 (1967). Também publicado em Poesia Experimental 2 (1966); Antologia da Poesia Concreta em Portugal (1973); Antologia da Poesia Experimental Portuguesa Anos 60 – 80 (2004).

Descrição/transcrição > 19 iterações do verso: “sem luz. a noite acontece. ventre escuro. sombra: neve. alguém: o teu grito”: sem luz. a noite acontece. ventre escuro. sombra: neve. alguém: o teu grito/ em a noite tece vento. som eu grito/ e lua entre som e em teu grito/ luz noite ventre sombra: rito/ mas/ na sombra: neve. alguém: eu/ sem luz tece rosto/ cé/ li/ a/ a noite cai/ vem/ comi/ go/ so vem eu grito/ tu/ meu/ amo/ r


Homeóstato 2

Homeóstato 2, José-Alberto Marques, 1965. Imagem de Operação 1 (1967). Também publicado em Antologia da Poesia Concreta em Portugal (1973).

Descrição/transcrição > 7 iterações do verso: “vermelhos teus sonhos de lume: liberdade quente: ossos”: vermelhos teus sonhos de lume: liberdade quente: ossos/ eu/ e/ teu sonho/ lento/ o teu sonho quente/ ver teus sonhos de lume: idade/ vermelhos teus sonhos de lume: liberdade quente: ossos


Homeóstato 3

Homeóstato 3, José-Alberto Marques, 1965. Imagem de Operação 1 (1967). Também publicado em Antologia da Poesia Concreta em Portugal (1973); Antologia da Poesia Experimental Portuguesa Anos 60 – 80 (2004).

Descrição/transcrição > 12 iterações do verso: “estas grades. a rua. portos e peitos. mas. nossa a vida.”: estas grades. a rua. portos e peitos. mas. nossa a vida.as grades. rua. os peitos. nossa vida./ grades. a. peitos. a vida./ a. a. peito. a a./ ei/ portos/ grades. a vida./ a vida./ estas grades. e peito vida./ a rua/ peito vida./ estas grades. a rua. portos e peitos. mas. nossa a vida.


Homeóstato 4

Homeóstato 4, José-Alberto Marques, 1965. Imagem de Operação 1 (1967).

Descrição/transcrição > 5 iterações do verso: “tenso. a luz corta. amo. amo e posso. quero: vivo”, transformação em 5 iterações do verso: “força. arde. cor para. o homem. ainda”: tenso. a luz corta. amo. amo e posso. quero: vivo/ a luz corta. vivo/ tenso amo/ amo e posso. quero/ a luz vivo/ so lume/ corpo/ arde corpo/ forma/ arde para homem/ força cor o homem ainda/ força. arde. cor para. o homem. ainda


Homeóstato 5

Homeóstato 5, José-Alberto Marques, 1965. Imagem de Operação 1 (1967).

Descrição/transcrição > 31 iterações do verso: “sereno de para caminho depois mente ir o peito-os”: sereno de para caminho depois mente ir o peito-os/ sereno de para/ ser/ e/ no caminho/ ser/ sereno/ e/ v/ inho/ ser depois/ de pois/ ser/ sereno/ no/ ser/ e/ no/ des/ t/ ino/ e para/ e de/ serenamente/ sentir o peito-os/ braço-o/ sangue/ sentir/ e ir/ sem/ ti/ sereno para


Homeóstato 6

Homeóstato 6, José-Alberto Marques, 1965. Imagem de Operação 1 (1967).

Descrição > 21 iterações do verso: “neve: vento. alguém. teus pés. ombros. frio: cabelos de serpente”


Homeóstato 7

Homeóstato 7, José-Alberto Marques, 1965. Imagem de Operação 1 (1967).

Descrição > Homeóstato vertical, com 41 linhas, construindo o verso: “amor. tu. leve. braços sexo. teu nome. distância”


Homeóstato 8

Homeóstato 8, José-Alberto Marques, 1965. Imagem de Operação 1 (1967). Também publicado em Antologia da Poesia Concreta em Portugal (1973); Antologia da Poesia Experimental Portuguesa Anos 60 – 80 (2004).

Descrição > Homeóstato de leitura vertical, a partir do centro, 24 linhas construindo o verso: “nu. o homem vertical. válido”


Homeóstato 9

Homeóstato 9, José-Alberto Marques, 1965. Imagem de Operação 1 (1967). Também publicado em Antologia da Poesia Concreta em Portugal (1973).

Descrição > Homeóstato de leitura diagonal, a partir da esquerda, 16 linhas com “vento: sh-amrlibd”. Jogo final com as palavras liberdade e amor.


Homeóstato A

Homeóstato A, José-Alberto Marques, 1993. Imagem de Imaginários de ruptura (2002).

Descrição > 27 linhas, com vogais (a, e, i, o, u) à volta da repetição de “a secura da pedra, a voz misteriosa, reflecte, o grito lento. a secura da pedra da catedral antiga tem veias na garganta e escuta /a voz misteriosa do silêncio que ao soar /reflecte o vento do tempo, do tempo em /o grito lento”. Realce para a secura da pedra/ a voz misterirosa/ reflecte/ o grito lento.

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Estudos >

Sobre José-Alberto Marques

por E. M. DE MELO E CASTRO [in Jornal de Letras, Artes e Ideias, 7 Dezembro 1992. Reproduzido in Vôos da Fenix Crítica, pp. 187-192.]

Transcrição de excerto >

A homeostasia é constituída pelos mecanismos biológicos de conservação de um ambiente interno constante. José-Alberto Marques deu o insólito título de Homeóstatos a uma belíssima série de dez poemas visuais létricos publicados em Operação-1 em 1967. Neles, uma linha inicial se decompõe através de disseminações no espaço da página, até que, na última linha, os signos se organizam, reconstituindo o ambiente interno do organismo vivo que é o poema. Quer neste processo visual, quer em Sala Hipóstila, quer agora em Loendro se colocam, embora de um modo diferente, os problemas de releitura implicados na construção de um tempo interno que assegura a coesão do texto: o Eterno Retorno para Borges, a homeostasia para José-Alberto Marques. É que para este, o texto é predominantemente um organismo, ou seja, um conjunto de partes que trabalham todos para o mesmo fim: a sua automanutenção e até a sua reprodução. A homeostasia torna-se, assim, para este poeta uma metáfora da própria especificidade da poesia.

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UMA VOZ EM ESTILHAÇOS: o que fica? (a propósito de 5 “homeóstatos” de José Alberto Marques)

por MARIA DO CARMO CASTELO BRANCO DE SEQUEIRA

Comecemos, em tom de leitura primária, identificadora, por seguir 5 dos homeóstatos de José Alberto Marques, não arbitrariamente escolhidos, como iremos esclarecendo, mas tentando verificar, em paralelo, se o número “cinco” continua a ser, de facto, o símbolo do equilíbrio, da harmonia (patente, não por acaso, nas catedrais góticas), ou se é, igualmente, o desestabilizador dessa ordem, ou, em última análise, o que desenha, praticando, a pretensão de quebrar todos os sinais de ligação arquitextual.

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sentir o sentido: a experiência do código nos “homeóstatos” de José-Alberto Marques

por MANUEL PORTELA

Escrever homeostaticamente é tentar chegar à fonte, impossível de tocar, da própria linguagem. É tentar chegar a esse momento articulatório em que o traço fonografémico institui o sistema de diferenças que, a partir de um conjunto limitado de elementos, origina a profusão de formas das línguas. Desse momento inicial, inscrito geneticamente nas áreas e circuitos cerebrais de onde emergem as línguas naturais humanas, e reinscrito nos sistemas de notação que as recodificam, só posso ter uma experiência simulada ao observar a infinita combinatória de sinais que sustém a cadeia da linguagem. A invenção da escrita e do alfabeto exteriorizaram a diferencialidade fonossemântica dos processos neuronais que sustentam o pensamento simbólico e as suas complexas cascatas de significação e ressignificação. Escrever é entregar-me à força gerativa e incontrolável desse código, submetendo a singularidade da experiência subjetiva aos seus mecanismos autopoiéticos e probabilísticos.

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Leitura homeostásica dos homeóstatos de José-Alberto Marques

por BRUNO MINISTRO

Os homeóstatos de José-Alberto Marques são organismos vivos habitados por letras que se combinam e recombinam para construir um sistema complexo de sentido. Os homeóstatos são um excelente exemplo de como cada enunciado textual transporta em si mesmo o seu próprio protocolo de leitura. Os textos obrigam o leitor a seguir regras de leitura particulares, estranhas ou em estranhamento com o protocolo de leitura convencionado. Para produzir sentido, os olhos do leitor têm de navegar no espaço da página, eliminar espaços em branco e juntar conjuntos de letras para formar palavras. Este movimento pode ser feito do topo da página até ao seu limite inferior, mas essa não é a única possibilidade. Há homeóstatos que crescem na página de baixo para cima (homeóstato 2), outros posicionam-se na vertical (homeóstatos 7, 8 e 9) e outro há que cresce de forma simultânea de cima para baixo e de baixo para cima, choca no centro da página e forma a palavra “corpo” (homeóstato 4).

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Corpos em Dobra: um ensaio gráfico-textual do Homeóstato #04 de José Alberto Marques

por LUÍS CLÁUDIO COSTA FAJARDO

Ao receber o convite de Rui Torres para redigir um texto de apresentação ou elaborar uma releitura dos Homeóstatos de José-Alberto Marques, de imediato imaginei um breve ensaio teórico, mas a ideia de uma intervenção gráfica também me pareceu oportuna. Para o ensaio, imaginei uma relação entre os poemas da série e a teoria da Autopoiesis formulada pelo biólogo chileno Humberto Maturana e pelo médico chileno Francisco Varela na década de 1970. Nesta teoria, o conceito de homeostase exerce um papel fundamental para sua compreensão.

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Por entre frisos verbais: um percurso ao longo dos Homeóstatos de José-Alberto Marques

por DANIELA CÔRTES MADURO

A série Homeóstatos, criada por José-Alberto Marques (1939-) em 1965 e publicada na revista Operação 1 em 1967, é constituída por nove poemas visuais inscritos em diferentes páginas. Letras derramadas sobre a folha formam um conjunto de frisos verbais que percorrem os nove poemas desta obra. Ainda que os elementos se mantenham fixos na superfície de papel, é possível verificar que as letras foram manipuladas tipograficamente para formar um fluxo de caracteres que escorre ao longo de todas as folhas. Durante o contacto com o texto, o leitor terá de colher os grafemas dispersos na página para construir sequências de sentido.

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José-Alberto Marques: O poema contra a imutabilidade estática

por ROGÉRIO BARBOSA DA SILVA

Conforme nos lembra Melo e Castro, a propósito de Homeóstatos, “homeostasia é constituída pelos mecanismos biológicos de conservação de um ambiente interno constante” (Castro, 1995, p. 190). No mesmo texto, Castro ressalta que, nessa série de poemas visuais létricos, o processo de decomposição do verso espacialmente na página e a reorganização dos signos, reconstituindo o “ambiente interno do organismo vivo que é o poema” (ibidem, p. 190). Ainda que alguns dos poemas dos dez Homeóstatos apresentem ou a reconstituição do verso inicial, ou uma estrutura frásica em verso, não é bem essa reconstituição estrutural do verso que nos permitirá enxergar a permanência do poema. Não é uma questão apenas da desintegração e da reconstituição sintática essa ideia da permanência, pois o que parece importar ao poeta é a poesia em si. Talvez, por isso, a permanência seja aquilo que nos permite identificar o poema enquanto instância instauradora do poético, aquilo que vive no poema e o transforma também num corpo vivo.

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Releituras >

4 Ensaios para Homeóstatos Visuais

por FERNANDO AGUIAR

Conteúdos > “A Noite Acontece”; “Sonhos de Lume”; “Teu Nome”; “Vento: Amor e Liberdade” [Fita adesiva e Letter-Press sobre papel Cotman 425 gr. | 76×56 cm | 2015]

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os dedos coçando por detrás do ciclorama, ou o outro lado homeostático do ser

por ANTÓNIO BARROS

Descrição > António Barros, para José-Alberto Marques perante os seus “10 homeóstatos”.

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Gerador de Homeóstatos

por RUI TORRES e NUNO FERREIRA

Motor textual combinatório em 10 versões, a partir dos Homeóstatos 1-9 e A de José-Alberto Marques. Em cada uma das variações generativas (linhas, versos), pode ainda o leitor clicar para gerar indeterminados e variáveis homeóstatos. O Homeóstato N permite inserir texto livre, criando homeóstatos a partir do léxico seleccionado.

Imagens de Iterações (1 em n) realizadas com o Gerador de Homeóstatos.

> Aceda à página do Gerador de Homeóstatos para criar as suas próprias variações | ^ índice


Fs = μs Fn

por BRUNO MINISTRO, NUNO MIGUEL NEVES & SANDRA GUERREIRO DIAS

Talvez a melhor releitura de Homeóstatos de José-Alberto Marques passasse por isolar os seus versos-base, inseri-los na corrente sanguínea por via intravenosa e observar de que forma as palavras vão mutando com o passar do tempo.



Conceito, autoria e aparelhos fonadores humanos > Bruno Ministro, Nuno Miguel Neves, Sandra Guerreiro Dias.

Material de base > Homeóstatos (1 a 9 + A) de José-Alberto Marques; “Cosmic Poem from Outer Space” de Tomomi Adachi e Akihiro Kubota.

[Recomenda-se o uso de fones.]

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Releitura de Homeóstato #4

por LUÍS CLÁUDIO COSTA FAJARDO

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Z

por GABRIEL RUI SILVA

Transcrição > “Célia, digo Zélia, eu, enquanto olho a mão que escreve e vejo o 5, cinco, na imagem do homem ‘integral’, um pentágono estrelado, uma estrela de 5 pontas, a cruz encimada pelo espírito./ Célia tua, Zélia minha, que o tempo não existe./ Entretanto, no escuro, fendendo a noite, a voz de Epicteto, escravo que criou Marco Aurélio, o mais digno imperador:/ De noite/ Fechado no teu quarto/ As luzes apagadas./ Não estás só./ Z”

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Suplementos >

Textos de José-Alberto Marques no Arquivo Digital da PO.EX >

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