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Poesia Experimental Portuguesa

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Etiqueta: António Barros

Natural do Funchal, António Barros (1953-) estudou na Universidade de Coimbra e na Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Barcelona. Trabalhou na década de 1970 com Wolf Vostell, Alberto Carneiro e José Ernesto de Sousa. Organizou diversas exposições e ciclos de performance, entre os quais Projectos & Progestos (1979-83, Coimbra). Participou em inúmeras exposições coletivas desde os finais da década de 1970 e realizou várias exposições individuais. A sua obra artística está representada nas colecções do Museu de Serralves, do Museu Vostell de Malpartida, Cáceres, e do Museu de Arte Contemporânea do Funchal.

A obra de António Barros pode filiar-se quer na poesia experimental portuguesa, quer no movimento Fluxus internacional. Trata-se de uma obra intermédia, na qual a dimensão plástica dos objectos, colagens e instalações é sujeita a operações de renomeação metafórica dos referentes e à exploração da visualidade gráfica da palavra. De entre os géneros de poesia visual, destaca-se na sua obra o poema-objecto. Com efeito, é através de uma poética do objecto encontrado que a sua obra se integra plenamente na poesia experimental portuguesa. Através de intervenções que colocam em interacção palavras e objectos, os seus poemas-objecto alimentam-se da tensão entre a semântica social da palavra e a sua função referencial de nomeação. O objecto vê-se cindido entre a sua função e a carga simbólica que o define na semiótica social. Por via da retroalimentação entre esta ressignificação do objecto e a objectificação gráfica da palavra, os poemas-objectos tornam-se capazes de criar camadas de sentido e de alusão à experiência individual e social. Nestes objectos encontramos um sentido profundo da dimensão política das relações sociais e uma crítica irónica à reconstituição das estruturas de poder no Portugal pós-revolucionário. A ação e o gesto surgem na sua obra plástica e performativa enquanto dispositivos de inscrição e de estranhamento na construção de uma arte sociológica do objeto, do agente e da interação relacional entre ambos. Os conceitos de “obgesto” e “artitude” criados pelo autor surgem, assim, como síntese aberta da desmaterialização dos signos e sua rematerialização e atualização contínua em novos objetos artísticos adensados pelos gestos e atitudes do operador-estético. Num ininterrupto diálogo com o movimento Fluxus internacional e também com o situacionismo, lugar, contexto e situação são elementos fundamentais na extensa obra que Barros tem vindo a desenvolver desde o final dos anos 70, com maior relevo no campo da instalação e da arte da performance. Quer na sua obra verbo-pictórica, quer na sua obra não verbal, o autor captura frequentemente materiais da natureza e artefactos do quotidiano humano para substantivar, de forma renovada, o binómio “vida como arte” e “arte como vida”.

Obras principais > Refiram-se os poemas-objecto produzidos entre 1977 e 1985: aMorte (1978), E s c r a v o s (1977), Formar (1977), Génesis (1977), I s m o s (1977), Revolução (1977), Verdade (1977), Pré Judicial (1978), Razão (1978), Presente/Ausente (1979), GerAcção (1979), TrAdição/Traição (1979), Algias, NostAlgias (1979), Arte Sociológica (1982) e Autista (1985). Mais recentemente, António Barros apresentou um conjunto de novas séries, que incluem os poemas-objeto EX_Patriar (1999-2011), Com Pés de Vegécio (2012), Lástima (2014), entre outros. Das suas exposições, destaque-se a retrospetiva [ o b g e s t o s ] (Setembro de 2011, Coimbra, Casa das Caldeiras) e PROGESTOS_OBGESTOS, 1972-2012 (Casa da Escrita, Coimbra, 2012).

[Biografia escrita por Manuel Portela e Bruno Ministro]

Página do autor > http://barrosantonio.wordpress.com/

Publicado em 2015 -2018 -

Che Brossa

Homenagem mutualista de António Barros a Che Guevara e Joan Brossa. [Imagens]

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Publicado em 2015 -2018 -

Reler Alquimias. Assim que passem quinze anos

Artigo da autoria de António Barros, comissário convidado dos Encontros de Arte ‘Alquimias, Dos Pensamentos das Artes’, Coimbra (2000). [pdf]

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Publicado em 2015 -2018 -

Razões bastantes para uma cirurgia da mão

Obra de António Barros. [Imagens. Ligação]

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Publicado em 2015 -2018 -

Desafio a uma leitura. Leitura outra

Texto de António Barros sobre a sua obra “Razões bastantes para uma cirurgia da mão”. [Texto. Ligação]

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Publicado em 2015 -2018 -

Dá-me a mão, não as luvas

Objecto_Livro de António Barros. [Imagens. Ligação]

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Publicado em 2015 -2018 -

“Dá-me a mão, não as luvas”, ou como resistir a uma institucionalização do «fait divers»

Texto de António Barros sobre o seu obgesto ‘Dá-me as mãos, não as luvas’. [Texto. Ligação]

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Publicado em 2015 -2018 -

ARTITUDE:01

Texto de António Barros sobre ARTITUDE, revista, atitude em busca de novos suportes e novos materiais significantes para a produção do seu texto.

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Publicado em 2015 -2018 -

Vulcânico PaLavrador

Obra de António Barros à memória do vulcânico Palavrador António Aragão. [Imagens]
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Publicado em 2015 -2018 -

Vi[n]da de cão

António Barros, à memória de António Aragão. [Imagens]
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Publicado em 2015 -2018 -

Underscorão

Depoimento de António Barros sobre António Aragão. [Texto. Ligação. script]
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