Antologia da PO.EX organizada por Carlos Mendes de Sousa e Eunice Ribeiro. [Capa]
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Poesia Experimental Portuguesa
Natural da Maia, Abílio-José Santos (1926-1992) foi poeta e desenhador e projectista. Frequentou o curso de Máquinas e Electrotecnia do Instituto Industrial do Porto.
A obra de Abílio-José Santos é marcada por uma procura incessante de novos meios e renovados materiais e aprendizagens na senda de uma permanente politização da estética, com a insurreição contra todos os poderes instituídos a ocupar um lugar central. A profusão de manifestos que escreveu são disso mesmo uma das faces mais visíveis, sendo que essas missivas – sob a forma de versos, texto corrido, colagens ou outras manipulações gráficas – têm como alvo personalidades com poder institucional, como reputados críticos ligados ao mercado da arte; ou podem dirigir-se a figuras cujo relevo assenta no capital simbólico, como disso são exemplo alguns autores consagrados da literatura portuguesa e brasileira. Mas mais do que dirigir-se a estes indivíduos e instituições em concreto, o exercício de uma justiça poética radicalmente crítica que está presente nas obras de Abílio impõe-se como implosão corrosiva dos discursos instituídos sobre arte, política e sociedade. A sua obra poética é marcada por uma experimentação intersígnica que recorre a um variado conjunto de técnicas e meios materiais, incluindo a colagem, a foto-montagem, o desenho e a fotocópia. A apropriação que faz de fontes materiais previamente existentes – como recortes de imprensa, ou, com especial relevo, materiais pobres que poderiam ser considerados meros detritos – enquadra-se perfeitamente na linha de subversão contínua dos discursos que encontramos na poética de Abílio. O próprio autor reflete sobre esta proposta de intervenção pela “reciclagem”, pela repescagem e reaproveitamento dos despojos da sociedade, quando, num dos seus manifestos, sumaria o seu posicionamento no lema “a arte como lixo / o lixo como arte”. A utilização de diferentes materiais nos seus trabalhos atribui à materialidade da escrita novas expressividades. O seu trabalho na área da poesia visual e da mail art é tão pioneiro quanto radical. Estando representado nas principais Antologias, a sua poesia está pouco publicada. Autor de manifestos e textos panfletários.
Obras principais > O voo do morcego (1962), Lidança (linóleos de Maria Augusta, 1968), Carta a Vinícius (1969), Carta ao crítico d’arte rui mário gonçalves (1969), Despertador (1974), (COLAGE)Manifesto vermelho (1976), Reza ao dólar (1982), Dia de pica boi (1983), O futuro defunto que se parece comigo (1983), Poéticas visuais (1985), Trabalho/liberdade (1987), Fotocirurgiando (1987), Manifestos LIXARTE (1987), Corporis Christi (1991), T’arrenego (1991), O futuro defunto que se parece comigo (1991), Interrogações (1991), Gente da poesis (1991), Escrita (1992), O Equilibrista (1991), Diálogos im/previstos (1991), V(l)er (s.d.).
[Biografia escrita por Bruno Ministro]
Antologia da PO.EX organizada por Carlos Mendes de Sousa e Eunice Ribeiro. [Capa]
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Abílio-José Santos & César Figueiredo, edição de autor. [Imagens]
Poemas visuais de Abílio-José Santos. [Imagens]
Obra colectiva organizada por César Figueiredo. [Imagens]
Continuar a ler “Coisa com Coisas Circulares / Thing with Circular Things”
Catálogo de exposição organizada por Abílio-José Santos e César Figueiredo. [pdf]
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Poemas concretos de Abílio-José Santos. [Imagens]
Poema de Abílio-José Santos impresso em papel texturizado. [Imagens]
Série de trabalhos de Abílio-José Santos com letras. [Imagens]
Brochura de Abílio-José Santos, impressão off-set. [Imagens]
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Folheto de Abílio-José Santos dedicado a César Espinosa. [Images]